quinta-feira, 1 de abril de 2010

A tragédia grega de um país chamado FYRM...

Em Setembro do ano passado, uns tipos da FYRM contaram-me que a FYRM não tinha sido convidada a entrar na NATO [durante a Cimeira de Bucareste de 2008] porque a Grécia não deixou...e não deixou porquê? Porque parece que os gregos consideram que a FYRM não tem um nome digno de ser apresentado aos aliados transatlânticos...
Eu confesso que já conhecia o caso mas não sabia que era apenas por causa do NOME e parece que é mesmo...pois durante a cimeira de 2008, para além da Croácia também a Albânia foi convidada a entrar na Aliança!
Ainda perguntei a esses tipos da FYRM se têm negociações frequentes com os gregos para resolver o diferendo sobre «que nome deve ter o seu país...» mas parece que não! É apenas mais uma tragédia grega que afecta as relações institucionais de um país chamado FYRM, que procura um nome há quase 20 anos...
ps 1 - para os mais distraídos: FYRM = Former Yugoslav Republic of Macedonia...
ps 2 - para os mais divertidos: esta história não é fruto do dia 1 de Abril!
ps 3 - para os mais futuristas: será que a tragédia grega do nome da FYRM também afectará a integração europeia da Antiga República Jugoslava da Macedónia?

5 comentários:

  1. Miguel de Vasconcellos1 de abril de 2010 às 23:06

    1) A verdadeira "tragédia grega" da UE não terá sido antes o custo da reunificação alemã, com consequências muito mais graves (nomeadamente, com a alta das taxas de juro ao longo dos Anos 1990) do que a desordem nas contas públicas gregas?...

    2) Enfim, "bater nos pequenos" PIGS é fácil... agora tocar nos FUKD (FR_UK-DD) é que já é mais complicado...

    3) Quanto ao FYRM, deixo à consideração se o nome usado nos "fora" internacionais não será antes FYROM...

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  2. O comentador acima tem toda a razão: nos pontos 2 e três...sobretudo quando chama a atenção da autora do post para o acrónimo FYROM...é grave!

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  3. Cara Sónia Rodrigues,

    a questão Macedónia vai muito para lá da designação; isso é apenas a face mais visível e mediática. Na verdade o que está em causa são questões relacionadas (como sempre) com a identidade nacional, cultural e linguística.

    Por um lado os gregos consideram a FYROM como usurpadora do suposto legado histórico de Alexandre, o Grande, e portanto, de um periodo glorioso da historia grega, metendo assim o dedo nas feridas do nacionalismo (e xenofobia?) grego. Em particular porque a FYROM está, a todos os níveis, mais próxima dos búlgaros (eslavos, portanto) do que da Grécia.

    Já a FYROM tem reclamado, em alguns fóruns a região grega da Macedónia como território ocupado, chegando ao ponto de incluir, por exemplo, em alguns livros escolares, mapas onde o norte da Grécia aparece como território da FYROM ou com a designação Macedónia do Sul.

    Quanto ao futuro próximo tenho a certeza que a Grécia tentará bloquear a eventual adesão da FYROM à UE. E se dentro da UE a FYROM tem como único grande aliado a Bulgária, será necessário não perder de vista as posições que a Sérvia e, por arrasto, a Rússia possam vir a assumir.

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  4. Caro Pedro,
    Conheço bem o debate interno e externo em torno da questão [nome e não só] da Macedónia e agradeço o comentário, que certamente facilitará o debate.

    ps - acrescento que o objectivo do post era destacar que a Macedónia não entrou na NATO APENAS pela disputa greco-macedónia sobre o nome da antiga república jugoslava.

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  5. meu ninguém sabe me relatar a clássica tragédia grega????

    eu precisoo urgente...!

    Obrigada desde já!

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